Coisas Ilícitas Negligenciadas pelas Pessoas e que devem ser evitadas

Louvado seja Allah, louvamo-Lo e pedimos Sua ajuda e diretriz. Pedimos refúgio junto a Ele quanto aos malefícios das nossas almas e das maldades das nossas ações. A quem Allah encaminhar, ninguém o pode desviar, e a quem desviar, não terá orientador algum. Presto testemunho de que não há outra divindade a não ser Allah, Único, sem parceiros e presto testemunho de que Mohammad é Seu servo e Mensageiro (que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como aos seus familiares e seus companheiros até o Dia do Juízo Final).

Allah, Glorificado e Exaltado seja, estabeleceu obrigações que não podem ser negligenciadas, determinou limites que não podem ser ultrapassados, proibiu coisas que não podem ser violadas.

O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “O que Allah tornou lícito em Seu livro é lícito, o que proibiu é proibido, o que não foi mencionado é isenção. Portanto aceite a isenção, pois Allah jamais esquece. Ele, então, recitou o seguinte versículo: “...porque o teu Senhor jamais esquece”. (19:64).1

1. Tradição compilada pelo Hákim 2/375, e atestado pelo Albáni no livro: Gháyatil Maram, pág. 14.

As coisas ilícitas constituem os limites de Allah, Exaltado seja:

 “Tais são as normas de Allah; não as transgridais de modo algum”. (2:187). Allah ameaçou quem ultrapassar os limites e violar suas normas com o castigo. Allah, Glorificado seja, disse:

 “Quem desobedecer a Allah e ao Seu Mensageiro, profanando os Seus preceitos, Ele o introduzirá no fogo infernal, onde permanecerá eternamente, e sofrerá um castigo humilhante”. (4:14).

Evitar a prática do ilícito é obrigatório, de acordo com as palavras do Rassulullah (Allah o abençoe e lhe dê paz): “Evitem aquilo que lhes proibi e pratiquem o que Eu ordenei praticar, na medida do possível.” 2

2. Tradição compilada por Musslim, cáp. Das Virtudes, tradição nº 130.

As cenas de alguns que seguem os seus desejos, psicologicamente fracos, ignorantes, que ao ouvirem falar a respeito das coisas ilícitas se aborrecem e dizem: “Tudo é ilícito, nada deixaram sem ser proibido, tornaram essa vida insuportável, e desgostosa, apertando os nossos peitos. Só têm ilícito e proibido. A religião é facilidade e Allah é Indulgente, Misericordioso”.

A esses dizemos: “Allah, Altíssimo, estabelece o que deseja. Ninguém pode duvidar da sua determinação, pois Ele é o Onisciente, o Prudentíssimo. Ele permite e proíbe o que quiser. Dentre as normas da nossa servidão a Allah, Exaltado seja, é aceitarmos a sua determinação e nos submetermos a ela”.

As determinações de Allah provêm da Sua onisciência e justiça. Não é por mera diversão, de acordo com Suas palavras:

 “Suas promessas são imutáveis, porque Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo”. (6:115).

Deus, Exaltado seja, evidenciou-nos as regras que determinam o lícito e o ilícito, dizendo:

 “... prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo”. (7:157).

O bom é lícito e o ruim é ilícito. Permitir e proibir é direito somente de Allah. Quem se intitula com isso, ou aceite que outro possa fazer, é ímpio e apóstata:

 “Quê! Há, acaso, (seres) parceiros (de Allah) que lhes tenham instituído algo a respeito da religião, sem a autorização de Allah”? (42:21).

Não é permitido a qualquer um falar do lícito ou ilícito, a não ser os sábios, conhecedores do Alcorão e da Sunna. Há uma admoestação incisiva quanto aos que permitem e proíbem sem conhecimento. Allah, o Altíssimo, disse:

 “E não profirais falsidades, dizendo: Isto é lícito e aquilo é ilícito, para forjardes mentiras acerca de Allah”. (16:116).

As proibições estão citadas no Alcorão e na Sunna. Allah diz:

 “Vinde, para que eu vos prescreva o que vosso Senhor vos vedou: Não Lhe atribuais parceiros; tratai com benevolência aos vossos pais; não sejais filicidas, por temor à miséria...”. (6:151).

Na sunna também foram citadas as proibições de acordo com as palavras do Rassulullah (Allah o abençoe e lhe dê paz): “Allah proibiu a venda das bebidas inebriantes, da carniça, da carne suína e dos ídolos”. 3

3. Narrado por Abu Daoud em seu Sahih, nº 977.

E das palavras: “Quando Allah proíbe algo, proíbe o seu preço”.

4. Narrado por Darkutni, nº 3/7.

Alguns textos citam determinadas proibições de algum tipo. Por exemplo, Allah diz a respeito dos alimentos proibidos:

 “Estão-vos vedados: a carniça, o sangue, a carne suína e tudo o que tenha sido sacrificado com a invocação de outro nome que não seja o de Allah; os animais estrangulados, os vitimados a golpes, os mortos por causa de uma queda, ou chifrados, os abatidos por feras, salvo se conseguirdes sacrificá-los ritualmente; o (animal) que tenha sido sacrificado nos altares”. (5:3)

Allah, Glorificado seja, citou as proibições quanto ao casamento:

 “Está-vos vedado casar com: vossas mães, vossas filhas, vossas irmãs, vossas tias paternas e maternas, vossas sobrinhas, vossas nutrizes, vossas irmãs de leite, vossas sogras...”. (4:23).

Citou, também, as proibições quanto aos lucros, dizendo:

 “Allah consente o comércio e veda a usura”. (2:275).

Também, Allah, Que é Misericordioso para com os Seus servos, permitiu inumeráveis coisas boas. Por isso, não especificou as permissões, porque são inumeráveis, e estipulou as proibições, porque são limitadas e para conhecermos e evitarmos. Allah, Exaltado seja, disse:

 “Ele já especificou tudo quanto proibiu para vós, salvo se fordes obrigados a tal”. (6:119). Quanto às coisas lícitas, Ele as permitiu na sua totalidade, enquanto forem benéficas, dizendo:

 “Ó humanos, desfrutai de todo o lícito e do que a terra contém de salutar.” (2:168). Foi de Sua misericórdia que fez a base das coisas a permissibilidade até que haja indício de proibição. Isso acontece pela generosidade de Allah, Glorificado e Exaltado seja, e Sua graça pelos Seus servos. A nós cabe obedecer, louvar e agradecer a Ele.

Algumas pessoas acham que o ilícito é numeroso para eles. Por isso, ficam nervosas rapidamente quanto aos preceitos legais. Isso é causado pela fraqueza de sua fé e a exiguidade de sua compreensão religiosa. Querem eles, por acaso, que sejam enumeradas as coisas lícitas para se convencerem que a religião é facilidade? Querem, acaso, que lhes sejam relacionados todos os tipos de coisas boas para que se tranquilizem que a lei islâmica não atormenta as suas vidas?

Querem que se diga que todas as carnes de animais abatidos como camelos, bois, carneiros, coelhos, veados, gamos, frangos, pombos, patos, cisnes, avestruzes são lícitos, que os gafanhotos e os peixes são lícitos?

Que as verduras, os legumes, as frutas e todas as sementes, todos os frutos benéficos são lícitos?

Que a água, o leite, o mel, o azeite, o vinagre são lícitos?

Que o sal, os temperos, as pimentas são lícitos?

Que o uso da madeira, do ferro, da areia, das pedras, do plástico, do vidro da borracha é lícito?

Que montar animais, automóveis, trens, navios, aviões é lícito?

Que o uso do ar condicionado, da geladeira, da lavadora, da secadora, do moinho, da batedeira, da moedora, do espremedor e de todos os instrumentos cirúrgicos, de engenharia, de cálculo, de observação, de astronomia, de construção de extração de água, de petróleo, de metais, de cosméticos, de tecnologia, de embelezamento, de impressão, de máquinas de cálculo, é lícitos?

O uso do algodão, do linho, da lã, dos couros permitidos, do náilon, do poliéster é lícito?

Que a originalidade do casamento, da compra e venda, da garantia, da duplicata, do aluguel, das profissões, os produtos de carpintaria, do ferro, o conserto dos equipamentos e o pastoreio é lícito.

Será que conseguimos chegar ao fim se quisermos prosseguir na enumeração e no relacionamento? Que acontece com essas pessoas que não entendem as palavras?

Quanto à sua alegação de que a religião é facilidade, é uma verdade com a qual se deseja o mal. O significado da facilidade da religião não é satisfazer os desejos e as ambições das pessoas, mas agir de acordo com o que a lei islâmica estabelece. A diferença é enorme entre praticar as coisas ilícitas alegando que a religião é facilidade – ela é facilidade certamente – e entre adotar permissões legais, como juntar duas orações, reduzir o número das unidades das orações, deixar de jejuar durante a viagem, passar a mão molhada nos calçados e nos curativos para o residente, durante um dia e uma noite, durante três dias para o viajante, utilizar-se do tayamum (ablução simbólica) quando há receio de se utilizar água, reuniar duas orações para o doente, ou quando há chuva, a permissão de se ver a mulher estranha durante o noivado, a escolha na expiação do juramento entre libertar o escravo, ou alimentá-lo e vesti-lo, o comer carne não abatida em caso de necessidade, e outras coisas que são permitidas e amainadas na legislação islâmica.

Além do que foi citado acima, o muçulmano deve saber que na proibição do ilícito há a seguinte disposição: Allah põe a prova Seus servos com essas proibições para ver o que fazem. As causas da distinção entre os habitantes do Paraíso e os habitantes do Inferno é que estes se envolveram nas concupiscências que levaram para o Inferno e aqueles tiveram paciência perante as coisas indesejáveis que levaram para o Paraíso. Se não fosse essa prova não se distinguiria o desobediente do obediente. Os crentes olham para as dificuldades do encargo com a intenção de auferirem recompensa, acatando as ordens de Allah para obterem a Sua satisfação. Assim, as dificuldades ficam mais amenas. Os hipócritas olham para as dificuldades do encargo com a visão de dor e de privação. Assim, o passo para eles é grave e a obediência é difícil.

Ao se deixar as coisas ilícitas o obediente sente o gosto doce: Quem deixar algo por Allah, Ele o compensará por algo melhor e encontrará o sabor da fé no coração.

Nesse livreto, o leitor encontrará várias coisas ilícitas cuja proibição foi confirmada pela lei islâmica, com a evidência da proibição no Alcorão e na Sunna.5 São coisas cuja prática e violação é comum entre muitos muçulmanos. A minha intenção em enumerá-las é mostrar e aconselhar. Peço que Allah me oriente e aos meus irmãos muçulmanos, que conceda o sucesso e no ajude a nos não ultrapassarmos os limites de Allah, Glorificado seja, que afaste de nós as maldades e nos proteja, pois é o Melhor Guardião e o mais misericordioso dos misericordiosos.

5. Alguns sábios classificaram as coisas ilícitas, ou algumas delas, como graves. Entre os bons livros que abordam o tema das coisas ilícitas é o “Aviso aos negligentes”, do Ibn Annahass ad Dimachqui (que Allah tenha piedade de sua alma).

Índice:

Introdução

Politeísmo

Adoração dos túmulos

O sacrifício em nome de outro além de Allah

Permitir o que Allah proibiu e proibir o que Allah permitiu

A magia e a adivinhação.

A crença na influência das estrelas, dos astros nos acontecimentos e na vida das pessoas.

A crença no benefício de coisas que o Criador não a fez para aquilo

A ostentação quanto aos rituais

O Mau augúrio

O jurar por outro além de Allah

O acompanhar os hipócritas ou os imorais,para diverti-los ou se divertir com eles

Deixar a tranqüilidade e a concentração na oração

Brincar e fazer movimentos durante a oração

Antecipar-se ao imam, intencionalmente, durante a oração.

Ir à mesquita para quem comeu cebola e alho, ou que tem mau cheiro.

A fornicação

O homossexualismo

O negação da esposa de ter relação com o esposo sem motivo legal

Pedido da mulher pelo divórcio sem um motivo legal.

O ter relação com a esposa durante a menstruação

O coito anal

Falta de justiça entre as esposas

O Cabrão (Daiatha) (quem aceita a imoralidade dos membros de sua família)

Falsificar e negar a paternidade

A Usura

Esconder os defeitos da mercadoria quando da sua venda

A venda falsa

O comércio após o segundo chamado para a oração da Sexta-feira

O jogo de azar

O roubo

O receber e pagar propina

Usurpação da terra

Explorar o trabalho do trabalhador sem pagá-lo

O não ser justo entre os filhos

Pedir dinheiro sem necessidade

Contrair dívida com a intenção de não pagá-la.

Comer coisas ilícitas

Ingerir bebidas inebriantes, mesmo que seja uma só gota.

O falso testemunho

Ouvir música instrumentos de música

Calúnia (ghuibah)

Detratação (namimah)

Prescrutar as casas dos outros sem autorização

Conversa (sussurros, segredos) entre dois na presença de terceiro

O deixar as roupas compridas (para os homens)

O uso de ouro pelos homens de qualquer forma

O uso das roupas curtas, transparentes e apertadas pelas mulheres.

Alongar os cabelos com cabelo humano ou artificial, por homens e mulheres.

Mentir a respeito dos sonhos

O não se cobrir para se urinar

Ouvir a conversa de alguém, sem que queiram.

O mal vizinho

Jogar gamão

Amaldiçoar o crente e a a quem não merece ser amaldiçoado

O inconformismo

Esbofetear o rosto e marcar no rosto.

Abandonar o muçulmano por mais de três dias sem um motivo legal.

O Politeísmo

É o pior dos pecados, de acordo com a tradição de Abu Bakr: O Rassulullah (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Querem que lhes indique qual é o pior dos pecados”, (e repetiu isso três vezes). Dissemos: “Certamente, ó Rassulullah.” Disse: “O atribuir parceiros a Allah...”7 Todo pecado pode ser perdoado por Allah, menos o politeísmo. Deve ter um arrependimento (taubah) específico. Allah, exaltado seja, disse:

 “Allah jamais perdoará a quem Lhe atribuir parceiros; porém, fora disso, perdoa a quem Lhe apraz...”. (4:48).

7. Tradição compilada por Bukhári e Musslim, nº 2511

O politeísmo é o motivo maior para a apostasia. Quem o praticar será eternizado no Inferno, se morrer politeísta.

Dentre os aspectos de politeísmo proliferadas nos países muçulmanos são:

Os adoradores dos túmulos

Crer que as pessoas escolhidas, mortas, conseguem resolver problemas, aliviam as aflições, ajudam nas atribulações, pedindo-lhes ajuda quando Allah, Glorificado e Exaltado seja, diz:

 “O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele...” (17:23). O mesmo acontece quando se pede ajuda aos mortos dentre os profetas, os virtuosos ou outros para interferirem a favor ou para salvar das dificuldades, quando Allah diz:

 “Quem atende o necessitado, quando implora, e vos liberta do mal e vos designa sucessores na terra? Poderá haver outra divindade em parceria com Allah”? (27:62). Outros, ainda, costumam mencionar o nome de um cheique ou de um piedoso quando levanta, ou senta ou quando tropeça, ou quando lhe acontece uma desgraça, ou quando tiver alguma dificuldade. Esse diz: “Ó Mohammad”, aquele diz: “Ó Áli!” Outro diz: ‘Ó Hussein”. Outro, ainda, diz: “Ó Badawi”. Outro mais diz: “Ó Jilani”. Outro ainda mais diz: “Ó Cházili”. Ainda outro diz: “Ó Rifá’i”. Esse invoca ‘Aidarous, aquele invoca a senhora Zainab, outro invoca Ibn ‘Alwan, quando Allah diz:

 “Aqueles que invocais em vez de Allah são servos, como vós”. (7:194).

Alguns adoradores dos túmulos andam ao seu redor e utilizam seus cantos para se benzerem, beijarem as suas entradas, cobrem os rostos com terra, prostram-se perante eles ao verem-nos, ficam em pé na frente deles, concentrados, humildes, suplicantes, fazendo pedidos de sarar o enfermo, ter um filho, facilitar uma necessidade. Alguns ainda se dirigem ao dono do túmulo, dizendo: “Ó senhor, vim de lugar longínquo, não me decepcione, quando Allah, Exaltado seja, diz:

 “Porém, haverá alguém mais extraviado do que quem invoca, em vez de Allah, os que jamais o atenderão, nem mesmo no Dia da Ressurreição, uma vez que estão desatentos à sua própria invocação”? (46:5). O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Quem morrer invocando alguém além de Allah irá para o Inferno.” Alguns raspam o cabelo perante os túmulos. Alguns têm livros com os títulos: “Rituais da peregrinação aos Túmulos” querendo dizer as sepulturas dos escolhidos. Alguns crêem que os escolhidos podem dispor do mundo, que causam o bem e o mal. Allah, Exaltado seja, diz:

 “E se Allah te infligir algum mal, ninguém, além d'Ele, poderá removê-lo; e se Ele te agraciar, ninguém poderá repelir a Sua graça..”. (10:107).

Faz parte do Chirc (politeísmo) é fazer promessa para outro além de Allah, como fazem os que fazem promessa de acenderem velas e lâmpadas para os habitantes dos túmulos.

Entre os aspectos do Chirc (politeísmo) é dedicar o sacrifício a outro além de Allah. Allah diz:

 “Reza, pois, ao teu Senhor, e faze sacrifício”. (108:2).

Ou seja, sacrifica por e em nome de Allah. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Allah amaldiçoa quem sacrifica em nome de outro além d’Ele.”9 No sacrifício do animal há duas coisas proibidas que são: “o abate para outro além de Allah e o abate em nome de outro além de Allah. Ambas as coisas vedam o comer a carne deles. Os abates da época pré-islâmica – comum em nossa época – “os abates dos gênios”. É quando se compra ou se constrói uma casa ou se abre um poço sacrificam um animal no local ou na sua entrada, com receio que os gênios lhes faça mal.10

9. Compilado por Musslim em seu Sahih, nº 1978.

10. Ver Taissir al ‘Aziz al Hamid, Al Iftá, pág. 158.

Entre os exemplos do grave politeísmo maior comum entre as pessoas é permitir o que Allah proibiu e proibir o que Allah permitiu, ou a crença de que alguém tem o direito nisso, além de Allah, Exaltado seja. Ou recorrer aos tribunais e códigos insensatos, com anuência e escolha, aceitando aquilo, acreditando na sua possibilidade, mesmo quando Allah, Exaltado seja, citou essa incredulidade nas palavras:

 “Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Allah..”. (9:31). Quando Adi Ibn Hátim ouviu o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) recitando o versículo, disse: “Não os adoravam.” Disse: “Porém, permitem o que Allah proibiu e eles o consideram permitido e proíbem o que proibiu e eles o consideram proibido. Isso constitui adorá-los.”11 Allah descreveu os politeístas como sendo:

 “Não se abstêm do que Allah e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião...” (Attauba, 9:29). E disse, Exaltado seja:

 “Dize ainda: Reparastes nas dádivas que Allah vos envia, as quais classificais em lícitas e ilícitas? Dize-lhes mais: Acaso, Allah vo-lo autorizou, ou forjais mentiras acerca de Allah”? (10:59).

11. Relatada por Baihaqui em “Assunan al Kubra”, 10/116. No Tirmizi a relata sob o número de 3095. O Albani o classificou como hassan em sua obra “Hgáyat al Maram”, pág. 19.

Dentre os tipos comuns de politeísmo é a magia, o charlatanismo e a adivinhação.

Quanto à magia faz parte dos sete pecados graves. Ela prejudica e não beneficia. Deus, Exaltado seja, diz a respeito de quem a pratica:

 “Os homens aprendiam o que lhes era prejudicial e não o que lhes era benéfico”. (2:102).

E diz:

 “...jamais triunfará o mago, onde quer que se apresente”. (20:69).

Quem praticar a magia é incrédulo. Deus, Exaltado seja, diz:

 “Porém, Salomão nunca foi incrédulo; outrossim foram os demônios que incorreram na incredulidade. Ensinaram aos homens a magia e o que foi revelado aos dois anjos, Harut e Marut, na Babilônia. Ambos, a ninguém instruíram, sem que dissessem: Somos apenas uma prova; não vos torneis incrédulos”! (2:102).

A sentença para quem pratica a magia é a morte. O lucro adquirido com a magia é impuro. Os ignorantes, os fracos de fé, procuram os magos, tentando fazer mal às outras pessoas, ou a se vingarem delas. Há pessoas que cometem pecado, recorrendo à magia para eliminar outra. Deve-se recorrer às palavras de Allah, com as suratas de pedido de refúgio em Allah.

Quanto aos charlatões e aos adivinhos, ambos são ímpios perante Allah, quando alegam conhecer o desconhecido, quando só é do conhecimento de Allah. Muitos desses charlatões e adivinhos usam estratégicas para tirar dinheiro dos outros. Eles utilizam métodos de escrever na areia, jogar búzios, ler a mão, ler na xícara, bola de cristal, espelhos e etc. Se uma vez acertarem, noventa e nove erram. Os ignorantes, porém, só se lembram da vez que acertaram. Procuram-nos para conhecer o futuro, a felicidade, a infelicidade no casamento, no comércio, procurarem os desaparecidos e coisa semelhante. A sentença quanto àqueles que acreditam no que dizem é que são ímpios, apóstatas, de acordo com as palavras do Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz): “Todo aquele que procurar charlatões ou adivinhos e acreditarem-nos, estará negando o que foi revelado à Mohammad”.12 Mas, se os procurar sem acreditar que conhecem o desconhecido, para uma experiência, não é classificado como ímpio. Porém, não lhe são aceitas as orações durante quarenta dias. A prova disso são as palavras do Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz): “Quem procurar o adivinho para pedir-lhe alguma informação, não lhe são aceitas as orações durante quarenta noites”.13 Isso, mesmo com a obrigatoriedade das orações e o pedido de perdão.

A Crença na Influência das Estrelas e dos Astros nos Acontecimentos e na Vida

Zaid Ibn Khalid Al Juhani disse: “Praticamos a oração da Alvorada em Hudaibiya junto com o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz), sob um céu ainda escuro. Ao clarear, o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) foi ter com as pessoas e perguntou: ‘Sabem o que o seu Senhor disse’? Responderam: ‘Allah e Seu Mensageiro sabem mais’. Disse-lhes: ‘Dentre os Meus servos há quem crê e quem descrê. Quem diz choveu pela graça e a misericórdia de Allah, crê em Mim e nega o astro. Quem diz é por causa de tal e tal coisa, este Me nega e crê no astro’.14 O mesmo acontece com aqueles que acreditam em horóscopo, publicados em jornais e revistas. Se ele acredita na influência das estrelas e dos astros, é um politeísta. Se lê por passatempo, é um pecador, porque não é permitido o passatempo, lendo-se coisas que induzam ao politeísmo, além do que, Satanás pode influenciá-lo a crer neles e será um meio ao politeísmo.

12. Relatado por Ahmad, 2/429. Consta também do livro Sahih Al Jâmi’, 5939.

13. Sahih Musslim, 4/1751.

14. Relatado por Bukhári, 2/333.

Faz parte do politeísmo, crer no benefício em coisas que o Criador não as fez para tal.

Alguns acreditam em amuletos, encantamentos politeístas, tipos de contas ou conchas, tipos de brincos de metal, etc., seguindo indicações dos charlatões e magos, ou seguindo crenças hereditárias, penduram-nos nos pescoços ou nos dos filhos para evitar mal olhado. Amarram nos corpos ou penduram em seus carros e casas. Usam anéis com tipos de pedras em que acreditam que tiram ou evitam aflições. Isso, sem dúvida, é incompatível com a confiança em Allah e não acrescenta no ser humano mais do que debilidade. É tratar-se com coisas proibidas. Esses amuletos que são pendurados, muitos constituem politeísmo, pedido de ajuda a alguns gênios e demônios, desenhos e escritas ininteligíveis. Alguns magos escrevem versículos do Alcorão misturados com coisas ímpias. Outros escrevem versículos com coisas imundas, como o sangue menstrual. O pendurar o que foi citado ou o amarrá-lo é ilícito de acordo com as palavras do Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz): “Quem pendurar amuleto comete politeísmo.”15

15. Narrado por Ahmad, 4/156. Consta do livro: “Assulsula Assahiha, nº 492.

O autor disso acredita que essas coisas beneficiam ou causam mal, além de Allah, comete politeísmo maior. Se acreditar que causa bem ou mal, sem que Allah a torne uma causa, comete politeísmo menor e isso se inclui no politeísmo das causas.

A Ostentação com os Rituais:

Faz parte da boa obra é que seja livre de exibicionismo, estar conforme a sunna. Quem pratica um ritual para ser visto pelas pessoas, comete politeísmo menor. Seu ato é inválido. Allah, Exaltado seja, diz:

 “Os hipócritas pretendem enganar Allah; porém, Ele os enganará, por isso. Quando se dispõem a orar, fazem-no com preguiça; fazem-no por ostentação, e pouco mencionam Allah.” (4:142). Da mesma forma, se fizer algo para que seja citado pelas pessoas, comete politeísmo. Esse tipo de pessoa foi advertida, de acordo com a tradição de Ibn Abbas (Que Allah esteja satisfeito com ele). “Quem procura fama, Allah o difamará, e quem procura se exibir, Allah o ridicularizará.”16 Quem fazer algo com a intenção de mostrar a Allah e às pessoas, seu ato é inválido, de acordo com o hadice Cudsi: “Estou isento dos politeístas. A quem cometer ato em que há politeísmo, deixarei junto com o seu politeísmo.”17

16. Narrado por Musslim, 4/2289.

17. idem, nº 2985.

Quem começar o ato por Allah e então pensar em exibicionismo, se combater e se empenhar em esse pensamento, seu ato é válido. Se aceitar e sossegar com o ato, a maior parte dos teólogos opina na sua invalidade.

O Mau Augúrio

É o presságio de desgraça. Allah, Exaltado seja, diz:

 “Porém, quando lhes chegava a prosperidade, diziam: Isto é por nós! Por outra, quando lhes ocorria uma desgraça, atribuíam-na ao mau augúrio de Moisés e daqueles que com ele estavam”. (7:131).

Os árabes costumavam, quando queriam viajar ou fazer outra coisa, segurava um pássaro e então soltava. Se for para a direita, considerava bom sinal e praticava o que intencionava fazer. Se for para a esquerda, considerava como mal sinal e não fazia o que intencionava fazer. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) mostrou a sentença quanto a esse ato, dizendo: “O mau augúrio constitui politeísmo.”18

18. Narrado por Imam Ahmad, 1/389. Consta também do Sahih Al Jámi’, 3955.

O que faz parte dessa crença ilícita e está em desacordo com o monoteísmo é o mau augúrio quanto aos meses. Por exemplo, deixar de casar durante o mês de Safar ou entre os dois Eid, crer que a última quarta-feira de cada mês ou a sexta feira 13 são dias de azar, ou considera o número 13, ou alguns nomes, ou os deficientes, por exemplo, se for abrir a loja e encontrar no caminho um caolho, acha que é um mau sinal e volta, e coisas semelhantes. Tudo isso é ilícito e faz parte de politeísmo. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) se isentou dessas pessoas. Imran Ibn Hussain relatou que o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Não é de nós que crê em mau augúrio ou faz mau augúrios, quem crê em charlatanices ou as pratica. (penso que também disse:) quem crê em magia e a pratica.”19 Quem cometer algo semelhante, sua expiação consta da tradição de Abdullah Ibn Amr em que o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Quem deixar de praticar um ato por mau augúrio, comete politeísmo.” Perguntaram: “Qual é a expiação disso? “ Respondeu: “Que diga: Ó Allah, não há bem a não ser o Teu, não há sorte a não ser a Tua e não há outra divindade a não ser Tu.” ( Allahuma La khaira illa khairuk wala taira illa tairuk wala illaha ghairuk). O mau augúrio faz parte da natureza do ser

humano, por ser pouco o muito. O principal tratamento disso é a confiança em Allah, exaltado seja, de acordo com a tradição e Ibn Mass’ud: “Ninguém se livra de pensar em mau augúrio. Allah o remove com a confiança n’Ele.”2

O Jurar por outro além de Allah.

Allah, Glorificado e Exaltado seja jura por quem deseja de Suas criaturas. Quanto à criatura, não pode jurar a não se por Allah. Muitas pessoas juram por alguém além de Allah. O jurar por alguém é uma espécie de engrandecimento que só deve ser feito a Allah. Ibn Omar relatou: “Allah os veda jurarem por seus pais. Quem jurar deve fazê-lo por Allah ou se cale,”22 Ibn Omar, também, relatou: “Quem jurar por alguém além de Allah come politeísmo.”23 O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Quem jurar pela confiança não pertence a nós.”24

Não é permitido jurar pela Caaba, nem pela confiança, nem pela honra, nem pela ajuda ou bênção ou vida de fulano, nem pelo Profeta, nem pelo escolhido, nem pelos pais, nem pela cabeça dos filhos. Tudo isso é ilícito. Quem comete algo disso, sua expiação dizer: Não há outra divindade além de Allah, de acordo com a tradição fidedigna: “Quem jurar por Lat e Uzza deve dizer: Não há outra divindade além de Allah”25

25. Narrado por Bukhári, no Fath, 11/536.

Semelhante a isso há muitas frases politeístas e proibidas que alguns muçulmanos pronunciam, por exemplo: “Confio em Allah e em você.” “Isso provém de Allah e de você”. “Não tenho ninguém além de Allah e você”. “Para mim Allah está no céu e você na terra”. “Não fosse por Allah e fulano”.26 “Estou isento do Islam”. “Estou decepcionado com a vida”. Cada expressão que abrange insulto à vida como, por exemplo, diz-se: “esse é um tempo ruim”, “essa é uma hora de azar”, o tempo é traiçoeiro, etc., é um insulto a Deus que criou a vida, ou tempo. Todos os nomes que denotam servidão a alguém, além de Allah, como servo de Jesus, servo do Profeta, servo do Mensageiro, servo de Hussein, denotam politeísmo.

Há expressões e terminologias contrárias ao monoteísmo como: socialismo do Islam, democracia do Islam, a voz do povo é a voz de Deus, a religião é de Deus e a pátria é de todos, em nome do arabismo, em nome da revolução, denotam também politeísmo.

É proibido denominar alguém de rei dos reis e coisa similar como juiz dos juízes. Denominar de senhor ao hipócrita e ao incrédulo quer seja em árabe ou outro idioma, utilização de uma letra que indica arrependimento, indignação, aflição e que abre as portas a Satanás como dizer: perdoe-me se quiser, ou se puder.27

26. O certo é colocar a palavra “então”, dizendo: Por Allah e, então, por você em todas as expressões.

27. Para maior esclarecimento ver Mojam Al Manahi Al Lafziya. (Dicionário das Expressões Proibidas) do cheikh Bakr Abu Zaid.

Sentar-se com os hipócritas e os imorais para um bate-papo

Muitas pessoas, sem que a fé tenha conquistados seus corações, sentam-se com pessoas imorais e, talvez, aqueles que insultam a lei de Allah, difamando a religião, as pessoas escolhidas. Sem dúvida, isso é um ato proibido que depõe contra a crença. Allah, Exaltado seja, diz:

 “Quando deparares com aqueles que difamam os Nossos versículos, afasta-te deles, até que mudem de conversa. Pode ocorrer que Satanás te faça esquecer disso; porém, após a lembrança, não te sentes com os injustos.” (6:68).

Não é permitido sentar-se com este tipo de pessoas, mesmo que sejam parentes próximos, ou que a convivência com eles seja agradável, a não ser para convocá-los ao Islam e corrigir os seus erros. Aceitar e silenciar às suas argumentações não é permitido. Allah, Exaltado seja, diz:

 “...porém, se vos congratulardes com eles, sabei que Allah não Se compraz com os depravados”. (9:96).

Deixar a concentração durante a oração

Um dos piores crimes de roubo é cometê-lo, durante a oração. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “A pior das pessoas é quem rouba uma parte da oração”. Perguntaram-lhe: “Como se faz isso?”. Respondeu: “Não pratica a inclinação e a prostração, devidamente”.28 Deixar a concentração e a constância das costas durante a inclinação e a prostração, não ficar totalmente ereto ao se levantar da inclinação, não ficar com as costas retas depois de se erguer da prostração. São tipos que fazem perder a concentração na oração. Nenhuma mesquita está livre de pessoas que perdem a sua concentração, na oração. É visto em todos os lugares em que se reze. A concentração é um pilar da oração. Ela não é válida, sem isso. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “A oração do indivíduo só é válida quando endireita as costas durante a inclinação e a prostração.” 29 Sem dúvida, que esse é um ato proibido, pelo qual o indivíduo é severamente advertido. Abu Abdullah Achari relatou que o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) praticou a oração com seus companheiros, então, sentou-se com o grupo deles. Um homem entrou e começou a praticar a oração de forma rápida, não dando o tempo devido à inclinação e à prostração. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Estão vendo esse homem? Se morrer praticando a oração dessa forma, morrerá não pertencendo a comunidade de Mohammad. O homem bica sua oração como o corvo bica o seu alimento. O exemplo daquele que assim faz é como o do faminto que só come uma tâmara ou duas e de nada lhe valerão.”30 Quem perder a concentração durante a oração, quando souber, deve praticar novamente aquela oração e pedir perdão pelas outras vezes. Não é preciso refazer as orações anteriores, com base na tradição: “Volte e faça a oração novamente.”

28. Narrado por Imam Ahmad, 5/310. Consta, também, do Sahih Al Jami’.

29. Narrado por Abu Daoud, 1/533. Consta, também, do Sahih Al Jami’, 7224.

30. Narrado por Ibn Khouzeima em seu Sahih, 1332. Ver Sifat Salat An Nabi (Método da Oração do Profeta), de Albani, 131.

31. Narrado por Bukhári, 2/274.

Brincar e fazer muitos movimentos, durante a oração

Essa é uma mania que muitas pessoas têm, porque não seguem a ordem de Allah:

“...consagrai-vos fervorosamente a Allah”. (2:238). Não se conscientizam das palavras:

“É certo que prosperarão os crentes, que são humildes em suas orações”. (23:1-2). Quando o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) foi perguntado a respeito de nivelar o local da prostração, respondeu: “Não se deve nivelar enquanto estiver orando. Se for realmente necessário, faça uma só vez para nivelar as pedrinhas.”32 Os sábios lembram-se de que muito movimento seguido, sem necessidade, anula a oração. Que dirá dos que brincam em suas orações, parados em frente de Allah, um olha o seu relógio, outro arruma a roupa, outro coça o nariz, outro olha para direita, esquerda e para cima, sem temer que lhe seja tirada a visão e que Satanás se misture à sua oração.

32. Narrado por Abu Daoud, 1/581. Consta, também, do Sahih Al Jami’, 7452.

31-03-10

Antecipar-se ao Imam na oração intencionalmente

O ser humano é apressado por natureza:

“...porque o homem é impaciente”. (17:11). O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “A calma é de Deus e a pressa é de Satanás.”33 Muito se observa várias pessoas que estejam praticando a oração, à direita ou à esquerda, que se antecipam ao Imam, tanto na inclinação, quanto na prostração, durante a magnificação para a mudança da posição. Esses atos parecem não ter importância para muitas pessoas. O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) advertiu severamente quanto à esta questão, dizendo: “Não teme aquele que ergue a cabeça antes do Imam, que Allah lhe transforme a cabeça em cabeça de burro?”34 Se é exigido que se venha à oração com calma e solenidade, que dirá da própria oração. Algumas pessoas confundem a antecipação ao Imam com o atraso em relação a ele. Os jurisprudentes estabeleceram a forma correta nessa questão. É permitido, ao que segue o Imam, mover-se quando termina a magnificação. Não se deve, nem adiantar, nem atrasar. Assim, agir-se-á corretamente. Os companheiros do Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) tinham todo cuidado para não se anteciparem ao Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz). O Barrá Ibn ‘Azib (Que Allah esteja satisfeito com ele) relatou: “Eles praticavam a oração atrás do Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz). Quando ele erguia a cabeça da inclinação não via ninguém abaixar, até que o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) colocasse a fronte no chão e, somente então, os que estavam orando atrás dele, desciam para a prostração”35.

33. Narrado por Baihaqui em Sunnan al Cubra, 10/104. Consta, também, de Assulssula Assahiha, 1795.

34. Narrado por Musslim.1/320-321.

35. Narrado por Musslim, nº 474.

Quando o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) fez takbir e demorou no seu movimento, avisou os que estavam atrás: “Ó gente, demorei, mas não devem se antecipar a mim, na inclinação e na prostração”.36 O imam deve seguir a sunna quanto ao takbir na oração, de acordo com o hadice de Abu Huraira, que Allah esteja satisfeito com ele: “O Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) quando se levantava para a oração, fazia takbir (dizer Allahu Akbar), quando se inclinava, fazia takbir. Quando se erguia, fazia takbir. Descendo para prostração, fazia takbir. Erguendo-se a cabeça da prostração, fazia takbir. E, assim, por toda a oração. Ele, também, fazia takbir quando se erguia da segunda prostração”. 37 Se o Imam pronunciar o takbir, juntamente com o seu movimento e quem o segue, ater-se à forma citada, anteriormente, a oração em congregação estará correta.